sexta-feira, 24 de outubro de 2008

No chão


Minhas palavras procuram embeber-se do vinho tinto acre seco das letras difusas. Mas, na garganta, o gosto de sangue de um grito abafado, silenciado pela incompreensão, faz as palavras bêbadas caírem tontas no chão de emoções confusas.

O chão é o limite. Como do chão não passam, minhas palavras, ainda zonzas, erguem-se depois da ressaca.

5 comentários:

Jacinta Dantas disse...

Na palavra, com a palavra e pela palavra...se faz vida.

Menina,
cada vez mais gosto de suas letras.
Beijo

mundo azul disse...

Gritos abafados devem ser soltos, para não nos maltratarem...

Linda imagem criada em suas palavras!

Beijos de luz e o meu agradecimento pela sua gentil visita...Volte sempre!

Ilaine disse...

...um grito abafado, silenciado pela incompreensão...

Um lindo texto, cheio de figuras e sentimentos. Adorei!

Beijo

Luiz Caio disse...

Oi Flor! Boa tarde!
As palavvras se levantam... Assim como devemos, nós, levantar-nos sempre que nos sentir-mos caídos... Quantas vezes seja necessário!

BEIJOS

Regular Joe disse...

Opuntia, você faz de suas amar(guras), de suas agruras, de seus acres e adros momentos, arte. São flores de lótus que exsurgem nos pauis do coração amortecido pela dor.
Seu blog é lindo. Posso linkar?
Beijinhos!