
A vida segue seu curso, como o rio que nunca é o mesmo rio. Rio da vida. Circo sem lona! Neste circo sou palhaço, ilusionista, sou a ilusão, sou artista. Entre malabarismos e contorcionismos, muitos coelhos saem da cartola. Os ismos provocam os sismos, e então eu cismo, bambo, na corda. Mas, quando a queda é inevitável, da rede não passo. Sofro com o impacto. Porém, este me impulsiona de volta ao topo. Agarro firme o fio e reaprendo o equilíbrio. De cima, vejo os olhares perplexos e os aplausos inacreditados. Às vaias não dou ouvidos. Meu salário é o sorriso das crianças. O espetáculo nunca é o mesmo espetáculo, como o rio que nunca é o mesmo. Rio da vida!