quinta-feira, 30 de outubro de 2008

amar gura


a

am

ama

amar

amarg

amargu

amargur

amargura

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

No chão


Minhas palavras procuram embeber-se do vinho tinto acre seco das letras difusas. Mas, na garganta, o gosto de sangue de um grito abafado, silenciado pela incompreensão, faz as palavras bêbadas caírem tontas no chão de emoções confusas.

O chão é o limite. Como do chão não passam, minhas palavras, ainda zonzas, erguem-se depois da ressaca.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sobre vida


o sol caminha a pas

sos lentos de mãos

dadas com o tem

po de ser

tão quente a ter

ra seca mor

re parte o chão es

coa o sangue a seiva a vi

da evade sobre

vive a Forte Flor.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Sentidos



A pele


Distante


Da boca


Palavras dúbias


No olhar o enigma


O ouvido a olvidar


Como é acre e doce


O aroma da dúvida.