Ela navega em ondas de letras.
Onde as palavras ventam.
Ela tenta segurar-se à nau frágil.
"Devo seguir até o enjôo?"
No movimento do vai e vem foi.
Naufrágio inevitável.
Ela perde a nau, perde o horizonte.
Onde ficou o porto?
No fundo do oceano de letras.
As borboletas se agitam no estômago.
Ela estende as mãos, encontra o espelho.
O espelho é a pedra de sal das palavras.
"No meio do caminho tinha uma pedra".
O olhar refletido apressa o vômito.
No fundo do mar de letras encontra o âmago.
Ela descobre no avesso a força.
"É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio".
3 comentários:
Oi Carla! Bom dia!
No caminho haverá sempre uma pedra, da qual teremos que nos desviar! Mas na flor haverá sempre a beleza... De qualquer ângulo que se olhar!
Flor amiga...
TENHA UM LINDO FINAL DE SEMANA!
Beijos
Menina, que linda poesia!Uma flor, no meio do caminho... Muitas vezes penso,onde ficou o porto...
Beijo
Dei uma passada para conhecer o Opuntia e fui lendo, lendo e me encantando com suas postagens. Com certeza estarei sempre por aqui para passear entre palavras e sentimentos.
Bjs
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