domingo, 6 de setembro de 2009

Faz de conta


...precisava no meio do faz de conta falar a verdade de pedra opaca para que contrastasse com o faz de conta verde-cintilante, faz de conta que amava e era amada, faz de conta que não precisava morrer de saudade...
...faz de conta que ela não estava chorando por dentro
- pois agora mansamente, embora de olhos secos, o coração estava molhado; ela saíra agora da voracidade de viver...

(Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres - Clarice Lispector)

4 comentários:

Luiz Caio disse...

Oi Flor! Como vai?

Hoje passo rápdamente, para agradecer pelo seu carinho, e também lhe dizer que as férias, as das emoções, terminaram... Agora já posso voltar às postagem e retomar nossa bonita amizade!

TENHA UM LINDO FINAL DE SEMNANA!

BEIJOS

Jacinta Dantas disse...

No "faz de conta", Clarice vai traduzindo...
É,
ela lê e interpreta sentimentos
Um abraço

Unknown disse...

entre a verdade, como moeda gasta, desta ficção kafkiana que tem transformado o mundo,e a verdade hiperbólica da poesia, a verdade da ficção como aberto horizonte, bordas do impossível, reivenção, imaginação, utopia, claro que, claricianamente, o faz de conta pode ser um distanciamento interessante, duplamente interessante, pra nos mostrar a tragédia que temos feito com os mundos, o nosso e o fora-dentro de nós e, por outro lado, como visionários, o que poderia estar sendo, e não se faze ser...
beijos
luis de la mancha
obrigado pela visita

Renata Bomfim disse...

Olá bla flor Opuntia, obrigada por tua visita ao letra e fel... linda essa frase e essa imagem, dizem fundo à alma
beijos
renata