Os Meus Livros
Os meus livros (que não sabem que existo)
São uma parte de mim, como este rosto
De têmporas e olhos já cinzentos
Que em vão vou procurando nos espelhos
E percorro com a minha mão côncava.
Não sem alguma lógica amargura
Entendo que as palavras essenciais,
As que me exprimem, estarão nessas folhas
Que não sabem quem sou, não nas que escrevo.
Mais vale assim. As vozes desses mortos
Dir-me-ão para sempre.
Jorge Luis Borges
2 comentários:
belas palavras que aqui lembras
beijo cheio de saudades de por aqui passar
beijo
Carla,
Os livros são a nossa mais fiel companhia!
Gostei muito do teu texto...
Beijos!
AL
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