sábado, 14 de fevereiro de 2009

Alice no País das Buganvílias I


Alice era uma menina esperta, muito esperta, levada e bonita. Estava brincando no quintal da casa da avó, sozinha, pois a irmã mais velha não quis saber de brincadeira. Na verdade, as outras crianças não gostavam de brincar com Alice. Ela era muito dominadora, mandona, gostava de determinar o que, onde e quando brincar. E ai de quem não cedesse aos seus caprichos! Bem, aquele dia em que ela brincava sozinha estava lindo, o céu estava mais azul, as nuvens estavam mais branquinhas, as plantas mais verdes, o vento mais fresquinho.
Alice se deteve diante do formigueiro, viu as formigas, as mais vermelhas e cabeçudas que já tinha visto na vida. Os bichinhos levavam folhas para o buraco. Alice sempre se divertia roubando as folhas das formigas, mas elas grudavam tanto nas folhas, que acabavam vindo penduradas nelas. O que Alice fazia? Caros leitor e leitora, com medo de ser picada, Alice simplesmente amassava as formigas, e isso lhe dava uma sensação de poder e força, que gostava de sentir. Mas, de vez em quando, as outras formigas davam o troco, picavam aqui, picavam acolá, e Alice, com raiva, pisava em todas e amassava tudo, folhas, formigas e o que mais estivesse no caminho. Era assim que a menina passava todas as manhãs de férias, mas aquela manhã, como eu já falei, estava especial. Alguma coisa tão especial quanto a manhã estava para acontecer.
Depois de amassar muitas formiguinhas, Alice olhou para o alto e viu uma linda borboleta amarela, de um amarelo mais amarelo do que todos os amarelos do mundo. A borboletinha fazia voos espetaculares, ziguezagueava no céu, subia e descia, e pousava. Outra grande diversão de Alice era arrancar asas de borboletas, por isso, correu atrás daquela. Mas a borboleta amarela era mais esperta. "O que é isso?", pensou Alice, "essa borboleta não pode ser mais rápida do que eu, ninguém é mais esperto do que eu". E, então, determinada a tirar as asas amarelas da borboleta, Alice seguia os seus voos. E a borboletinha subia, descia e ziguezagueava no ar, até que finalmente pousou no pé de buganvília que cercava a cerca do quintal. Alice se aproximou devagarinho...

7 comentários:

Dauri Batisti disse...

e os espinhos.... Que coisa essa Alice hem? O tempo passou. Muita coisa mudou e Alice entrou para o Green peace.

Um beijo.

Carla disse...

KKKKK, Alice no Green Peace? Acho pouco provável!

Bjosssssss

Jacinta Dantas disse...

disse à borboleta. Gostei de você. Esperta e atrevida, assim como eu.

Eita Alice. Essa menina sapeca sabe, hoje, que metamorfose é preciso, sempre,.
Beijo menina

Elcio Tuiribepi disse...

Oi...quando menino muleque, fazíamos enterros de baratas, largatixas...Hoje rio disso tudo, talvez a Alice também...show o blog...gostei dos poemas...um abraço na alma

FERNANDA-ASTROFLAX disse...

QUERIDA AMIGA ADOREI O TEU BLOGUE... ESTE TEXTO MARAVILHOSO... GRATA PELA TUA VISITA... UM ABRAÇO DE CARINHO E TERNURA,
FERNANDINHA

Paula Barros disse...

ah! quero a continuação...um texto muito bom de ler.

Agora vou ao confessionário. rsrsr

Tenho uma história eu e as formigas. Quando criança enquanto brincava as formigas me picaram, ainda levei uma bronca. Não sou Alice, nem mais criança, mas mato formigas. Sou quase uma serial kiler de formigas, de todos os tipos e tamanhos e cores.

Seu texto me trouxe lembranças, será que Alice era minha amiga?

abraços

Carla disse...

...e?
vai ter continuação não vai?
fico à espera...
beijos